cão guia

Outro dia datei um livro que ganhei por 14 de Janeiro de 2074. Datado para mim com tanto efeito quanto teria 19 de Abril de 1935 ou 28 de Setembro de 2008. É uma trilha que quer tatuar no papel o desejo de marcar a pele com sangue. É cimento mole com assinatura à dedo, tronco de árvore riscada pela pedra, marcas e mapas que nunca levam nada além dos próprios contornos fora de escala (logo, dentro).
Datar o futuro com saudade, com contornos cavados por pedaços do que não me pertence, eu seguro mesmo assim essa pedra com a mão cheia de ossos que não são meus, nem os músculos, e dato em algum canto alguma coisa. Um cão guia amarrado num poste.

5 comentários:

Franklin Marques disse...

carararalho!!! que idéia SENSACIONAL!
abraço!

Anônimo disse...

Putz Manel. Fiquei um tempo pensando sobre isso. E que um dia eu tive um cão-guia...

Aline Bessa disse...

...

você é muito simbólico. inclusive para mim.

Anny disse...

Olá Manoel:
Que texto maracante! Adorei

Anônimo disse...

opa,

o juva batella me disse que você gosta de campos de carvalho também.

se quiser trocar idéias, meu e-mail é jjjuninhosys@yahoo.com.br

atté.